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A dor do Pai - A dor da Filha

Escrevo e enquanto escrevo as lágrimas caem espontaneamente, pois sempre que falo de você é impossível não sentir sua falta. Quando você partiu, deixou pra trás sua filha e seu marido, sozinhos em casa com quase 10 cômodos para serem preenchidos pela nossa dor e tristeza... pela sua ausência. Nem eu, nem ele conseguimos nos olhar nos olhos. Levou muito tempo para que um dia falássemos sobre o quanto doeu te perder. E durante esse tempo, os cômodos iam se ocupando com nossas dores, ambas disputando espaço, uma querendo doer mais que a outra. Insuportável e até difícil de entender como uma casa tão grande não conseguir suporte as duas dores. Para mim, a resposta é que te perder doeu demais, tanto que não cabia no peito, muito menos em uma casa inteira. A dor do pai e a dor da filha precisavam de espaço. Elas queriam se expandir na imensidão do que eram: a tristeza e o vazio extremo de perder de uma só vez as figuras mais importantes da vida de um ser humano; A Mãe e A Esposa. A
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O grande medo do Feminismo

Eu não quero falar aqui da polêmica Kéfera-Luba. Quero falar da minha vivência, por meio dos momentos em que pessoas me interromperam pra debochar de um movimento do qual assumidamente faço parte. E, quase sempre (na verdade, é sempre mesmo), essas pessoas não querem apresentar argumentos, nem dialogar. Elas não aceitam que seus erros sejam apontados, e tratam tudo que você fala como ofensa.  A verdade é que ninguém que sentar e ouvir, ou ler. A pessoa só quer atacar e isso tem me incomodado muito porque ontem postei uma imagem com a seguinte frase: "Ame teu corpo do jeito que ele é, Deus te fez mulher, não uma Barbie." e um homem não pensou duas vezes pra vir me responder com a seguinte pergunta: "Então ninguém pode ficar descontente com o corpo?". Quando eu me coloquei disposta a dialogar, ele fugiu e apenas riu, deixando nítido o que a maioria das pessoas faz: elas fogem porque temem o diálogo e um movimento que mostra empoderamento e libertação para milhares

Sobre Maternidade (por uma leiga)

"Amar é arrancar o coração e jogá-lo sangrando no colo de outra pessoa. Virar as costas, sair andando com um buraco no peito e não conseguir sentir nada além de alegria." DM   Eu quero começar meu texto com esses versos que escrevi porque, do meu ponto de vista (alguém que nunca foi mãe), a maternidade é sobre arrancar o próprio coração por seus filhos e se sentir extremamente feliz por fazer isso.    Não estou querendo colocar nenhuma áurea mágica e divina em torno da maternidade. Eu imagino que seja muito difícil e completamente cansativo. Só que sou uma apenas uma leiga que observa Mães com um olhar de expectador.    Digo isso porque eu admiro este papel. Admiro o poder transformador da maternidade, na vida de algumas pessoas que fazem parte do meu convívio social. Peço licença a uma dessas pessoas para relatar uma pequena crônica, sem citar nomes. Só quero que o meu leitor experimente por meus olhos como a maternidade tem uma força tão grande, que até um l

Sobre Metas

   Eu me incomodo um pouco com as expectativas atuais para pessoas da minha faixa etária. Na verdade, eu me incomodo mais com a pressão que recebemos para que essas expectativas sejam cumpridas quando temos 25 anos de idade.    Esperam de nós que, com essa idade já concluímos uma graduação de qualidade, em um boa instituição e em uma profissão melhor ainda. Além disso, é importante já trabalharmos em uma ótima empresa, com um salário que nos permita ter um carro próprio, fazer uma viagem por ano, ir a bons restaurante, usar boas roupas e, se sobrar, já planejarmos a compra da casa própria.    Não quero aqui ofender ninguém que aos 25 já tenha alcançado tudo isso. Se essa é a sua meta e você trabalhou duro para alcançá-la, por favor, não se sinta ofendido. O que quero com esse texto, onde compartilho um sentimento de indignação e frustração bem pessoal, é dizer que: "tá tudo bem."    Não há problema algum em ser bem sucedido, cumprindo o check list que acabe